Pelo menos uma vez por semana, algumas dezenas de idosos que vivem em grande isolamento nos lugares à volta da vila alentejana de Mértola recebem uma chamada telefónica de um voluntário da seguradora Fidelidade. Mas este não é um telefonema sobre seguros. É uma chamada para saber como vão as coisas, contar histórias, partilhar problemas. Um contacto que faz parte de um projeto de voluntariado criado entre a Fidelidade e a Santa Casa da Misericórdia de Mértola, e que já criou laços de amizade entre quem liga e quem atende.
“Este projeto tem sido muito bom para os nossos utentes. Temos um concelho muito grande, com uma população idosa muito dispersa, em lugares onde às vezes só vivem uma ou duas pessoas. E este contacto significa ter sempre ali regularmente uma voz amiga, alguém com quem conversar, com quem, muitas vezes, desabafar”, afirma Natália Cardeira, animadora na Ludoteca Itinerante da Santa Casa de Mértola.
Este projeto inclui também reuniões e encontros regulares entre os voluntários, a equipa da Santa Casa e os idosos. “Este programa não é só bom para os utentes, mas também para a instituição. É mais alguém que está em contacto com o utente e que nos pode sempre alertar para alguma coisa que esteja menos bem”, refere Emília Colaço, responsável pela formação e projetos na instituição.
Reforço da comunidade
Este é um dos muitos projetos de voluntariado que a Fidelidade tem vindo a desenvolver, com mais intensidade nos últimos anos, com as entidades do setor social. De acordo com a Política de Voluntariado da Fidelidade, o voluntariado é a forma mais próxima de envolver os colaboradores com o compromisso da Fidelidade perante a sociedade. Tem um efeito transformador, porque complementa toda a atuação de Responsabilidade Social da Fidelidade e reforça a promoção da sustentabilidade das organizações. Tem um efeito de engagement dos colaboradores e contribui para aumentar a capacidade de trabalho colaborativo, promovendo o sentido de responsabilidade e compromisso e proporcionando o desenvolvimento de capacidades de liderança informal.
Tem um efeito transformador, na medida em que a Fidelidade contribui para a resolução de problemas sociais e ambientais complexos, promovendo uma sociedade civil resiliente e próspera, capaz de encontrar soluções inovadoras para desafios e questões comuns, “O voluntariado dos colaboradores da Fidelidade é algo que tem sido muito incentivado na empresa nos últimos anos e que tem ajudado a reforçar os laços entre a empresa e as entidades do setor social que fazem parte da Comunidade Fidelidade, ou seja, que têm sido distinguidas pela Fidelidade com apoios no âmbito do Prémio Fidelidade Comunidade, mas que continuamos a acompanhar sempre”, destaca Isabel Cunha de Eça, uma das responsáveis pelas atividades de voluntariado na Fidelidade.
As pessoas da Fidelidade fizeram o seu trabalho, mas ficaram a conhecer as pessoas para quem estão a trabalhar. E isso dá um contributo emocional e uma gratificação para os voluntários que é muito importante.
O caso de Mértola “é um projeto que nasceu na pandemia, que vemos como um projeto de longo curso, que já leva quatro anos e que tem corrido muito bem, pelo impacto positivo na vida dos idosos, pela parceria que se formou com a instituição (que apoiamos de diversas formas) e pelo empenho continuado dos voluntários”, conclui a responsável.
Um jardim novo
A parceria com a Fidelidade também tem sido particularmente importante para o Fórum Socio-Ocupacional do Centro de Educação Especial Rainha D. Leonor, nas Caldas da Rainha. A instituição foi primeiro distinguida com um Prémio Fidelidade Comunidade, que lhe permitiu criar uma cozinha pedagógica para desenvolver novas competências em pessoas com doença mental, apoiando-as no treino da sua autonomia em atividades diárias. “Foi o inicio de uma verdadeira parceria que tem sido muito gratificante para nós”, refere Sandra Oliveira, diretora técnica do Fórum. “Esse apoio, que se tem manifestado de diversas formas, fez com que a Fidelidade nos propusesse levar a cabo ações de voluntariado, sendo a mais recente a recuperação de um jardim contíguo às nossas instalações.”
Para Sandra Oliveira, a forma como a ação foi conduzida merece elogios por parte da responsável: “Foi mais do que um trabalho de recuperação de um jardim e respetivos equipamentos, foi um convívio que envolveu os utentes do centro. As pessoas da Fidelidade fizeram o seu trabalho, mas ficaram a conhecer as pessoas para quem estão a trabalhar. E isso dá um contributo emocional e uma gratificação para os voluntários que é muito importante”.
Crescimento pessoal
Esta vertente de crescimento pessoal do voluntário também é sublinhada por Isabel Cunha de Eça, como sendo da maior importância para os próprios e para a empresa. “A Fidelidade incentiva muito o voluntariado por um conjunto de razões que inclui, por exemplo, o treino das lideranças informais, o próprio desenvolvimento pessoal do colaborador, e o fomentar do espírito de equipa dentro da empresa, o que se tornou particularmente importante desde que se instituiu a possibilidade de trabalhar a partir de casa”, refere a responsável. Mas uma razão fundamental para incentivar o voluntariado tem que ver com a própria natureza do negócio da seguradora.
O voluntariado dos colaboradores da Fidelidade é algo que tem sido muito incentivado na empresa nos últimos anos e que tem ajudado a reforçar os laços entre a empresa e as entidades do setor social.
Voluntariado estratégico
O voluntariado está alinhado com a atividade central da seguradora. “Os seguros existem para resolver problemas das pessoas. Quando as pessoas recorrem ao seguro é porque qualquer coisa de desagradável lhes aconteceu”, como sublinha Isabel Cunha de Eça.
Neste contexto ,“uma das grandes vantagens do voluntariado é permitir que os colaboradores da companhia se confrontem, observem e tenham a vivência de outras realidades, de pessoas que vivem com mais dificuldades, que têm incapacidades diversas, que têm deficiências, sejam elas quais forem”. Esta vivência do voluntariado “permite aos colaboradores ter um outro olhar, uma empatia e uma capacidade acrescida para lidar com situações que são o dia a dia de qualquer seguradora”, garante a responsável. Neste sentido, refere, “na Fidelidade, o voluntariado está completamente alinhado com o negócio e com a estratégia da empresa, porque enriquece os colaboradores do ponto de vista humano, mas também tem reflexos positivos na sua atuação profissional e na forma como acompanham o negócio”.
Este projeto não é só bom para os utentes, mas também para a instituição. É mais alguém que está em contacto com o utente e que nos pode sempre alertar para alguma coisa que esteja menos bem.
Dois tipos de ações
Estas ações, normalmente apontadas a entidades apoiadas no Comunidade Fidelidade, são, na sua grande maioria, de dois tipos: “Temos os convites diretos, que são propostas feitas pela empresa aos colaboradores. E temos as ações de voluntariado em equipa, que são pedidos de equipas dentro da empresa para incluir atividades de voluntariado em atividades de equipa”, refere Isabel Cunha de Eça.
Repetem porque gostam
E se o voluntariado é bom para as instituições sociais e para os seus utentes, bem como para a própria Fidelidade, também os colaboradores-voluntários avaliam de forma positiva este tipo de experiência. “Em cada ação de voluntariado distribuímos fichas de avaliação que nos dão avaliações muito positivas” refere Isabel Cunha de Eça. Mas um indicador verdadeiramente infalível, afirma, é a “repetição” da experiência. “As pessoas voltam sempre. Temos muito poucas que não voltam a ser voluntárias. E nós não obrigamos ninguém a ser voluntário. As pessoas experimentam o voluntariado e depois continuam disponíveis para mais ações, o que é muito positivo.”
Parte da razão para este comportamento tem que ver com a forma como as ações são estruturadas, como explica a responsável: “As nossas ações são organizadas para que no fim se veja e se sinta a diferença. Seja em quartos pintados, em pessoas alimentadas, em jardins recuperados, em paletes de alimentos despachadas. Esse sentimento de realização, de coisas concretas finalizadas, é um grande incentivo para que o voluntário volte.”
Quando, há alguns anos, arrancámos com os programas de voluntariado no formato atual tínhamos perto de 100 colaboradores envolvidos. Atualmente, são cerca de 400 voluntários dentro da empresa e temos como objetivo envolver 600 pessoas, ou seja, cerca de 20% do efetivo da Fidelidade.
Jornadas foram ponto alto
A capacidade de organização e a forma estratégica como a atividade de voluntariado é encarada na Fidelidade tem contribuído para o seu crescimento de forma sustentada. Neste contexto, 2023 ficou marcado pelo contributo das equipas da seguradora para as Jornadas Mundiais da Juventude. “Cerca de 80 colaboradores estiveram como voluntários nas jornadas. Divididos entre voluntários paroquiais, que colaboraram nas paróquias, e voluntários centrais, que centraram a sua ação em Lisboa nos dias da jornada. Creio que a Fidelidade foi mesmo a empresa com mais voluntários centrais nas jornadas”, adianta Isabel Cunha de Eça. “A dinâmica criada dentro da empresa foi fantástica, atingimos uma dimensão de voluntariado verdadeiramente extraordinária nessa ocasião”, relembra.
Em perspetiva, a importância que a empresa atribui ao voluntariado reflete-se objetivamente no crescimento sustentado desta atividade. “Quando, há alguns anos, arrancámos com os programas de voluntariado no formato atual, tínhamos perto de 100 colaboradores envolvidos. Atualmente, são cerca de 400 voluntários dentro da empresa e temos como objetivo envolver 600 pessoas, ou seja, cerca de 20% do efetivo da Fidelidade”, salienta Isabel Cunha de Eça.
E entre muitos outros beneficiários, os idosos apoiados pela Santa Casa de Mértola e os utentes do Centro Rainha Dona Leonor nas Caldas da Rainha apreciam e agradecem aos voluntários da Fidelidade.
400
voluntários em 2023
80
voluntários nas Jornadas Mundiais de Juventude
20%
Objetivo para colaboradores em ações de voluntariado
9.710
horas de voluntariado em 2023
Para mais informações, visite premio.fidelidadecomunidade.pt.